O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), voltou a pressionar a base governista por uma definição mais clara sobre os critérios que devem nortear a escolha do nome que sucederá o governador João Azevêdo (PSB) nas eleições de 2026. Em tom direto, Cícero afirmou que o atraso na definição desses parâmetros está gerando ruídos políticos. A declaração foi feita nesta terça-feira (15), durante a abertura da 6ª Conferência Estadual das Cidades, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa.
“Nós fazemos parte de um projeto. Está cabendo – pelo que eu estou entendendo – que nós temos que indicar um candidato. Só que eu entendo, dentro de um projeto desse, que um candidato tem que ser aquele que melhor tenha condição de ganhar a eleição. Eu prefiro desenvolver o projeto a partir de critérios. Feito isso, a gente parte para outros segmentos. Mas, sinceramente, acho que essa definição já demorou demais. A prova está no desencontro que vem sendo exposto — com toda razão — pela imprensa”, afirmou o prefeito.
Na oportunidade, Lucena destacou que o processo de escolha do candidato não deve se limitar a decisões internas do Progressistas, mas envolver toda a base aliada de forma estratégica. “O candidato tem que ser aquele que tenha a melhor condição de ganhar a eleição. Não queremos um candidato, queremos ter o sucessor de João para dar continuidade a esse projeto. Mas para isso precisa ter critério, porque se alguém acha que esse problema é do PP, não é não. Porque se o PP não escolher o melhor candidato, passa a ser problema de toda a base do governo – ou não?”, pontuou.
A cobrança pública feita por Cícero evidencia o desconforto dentro da base aliada de Azevêdo, onde três nomes despontam como pré-candidatos: o próprio prefeito da capital, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), e o vice-governador Lucas Ribeiro (PP). A expectativa é que Azevêdo dispute uma vaga ao Senado Federal, já que não pode mais concorrer ao cargo, deixando o caminho aberto para a sucessão estadual.
Apesar da pressão crescente, João Azevêdo tem preferido manter discrição e cautela no debate sucessório, afirmando que a escolha será feita com base em “critérios múltiplos” e não apenas em pesquisas de opinião. Nos bastidores, a indefinição sobre o processo de escolha tem alimentado disputas internas e provocado manifestações públicas como a de Cícero, que defende um método claro e antecipado para evitar rupturas e garantir a unidade do grupo.
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