O embate público entre duas das principais lideranças da direita paraibana, os deputados Walber Virgolino (estadual) e Cabo Gilberto Silva (federal), ganhou novos capítulos nesta quinta-feira (15). Em declarações à imprensa, ambos trocaram farpas e reacenderam uma disputa que já vinha se desenhando nos bastidores do Partido Liberal (PL).
Durante entrevista ao Programa Hora H, Wallber acusou Cabo Gilberto de adotar um discurso “covarde” e alinhado à esquerda para atacá-lo. “O Cabo está usando um discurso de esquerda. Discurso de candidatos ligados a Ricardo Coutinho. Quem dizia isso era Cida Ramos, Estela Bezerra”, disparou, ao rebater críticas feitas por Gilberto durante uma entrevista na Rádio Arapuan.
Walber, que foi secretário de Administração Penitenciária no governo Ricardo Coutinho (PT), negou qualquer afinidade ideológica com o ex-governador. “Fui secretário, mas não cometi os crimes que Ricardo cometeu. Não fui de acordo com as práticas dele. Fui exonerado pelo Twitter, fui perseguido”, afirmou.
O deputado estadual também acusou Gilberto de incoerência política. “É Bolsonaro em Brasília, fala de anistia em Brasília, mas quando chega em João Pessoa não critica Hugo Motta, não critica Adriano Galdino. É um leão em Brasília, mas aqui se comporta como gatinho”, ironizou.
A tensão entre os dois se agravou após a divulgação de uma foto de Cabo Gilberto ao lado do prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), adversário político de Walber.
Cabo Gilberto rebate e relembra ligação de Walber com Ricardo Coutinho
Em resposta, o deputado federal Cabo Gilberto afirmou que Walber tenta desviar o foco ao atacá-lo e relembrou o vínculo do colega com a gestão do ex-governador Ricardo Coutinho, uma das figuras mais emblemáticas da esquerda paraibana.
“Enquanto eu era perseguido por Ricardo, ele era secretário de Ricardo”, afirmou Gilberto, destacando o período em que Walber integrava a gestão estadual. Após sua exoneração, Virgolino foi nomeado para um cargo na Polícia Civil, em Guarabira.
Gilberto ainda criticou a postura de Walber em relação ao cenário político local. “Ele fica querendo me atacar como se eu tivesse jogo duplo para obter apoio político. Ele sempre me atacou. Não sei o motivo, mas vou defender a minha honra, porque eu sou policial”, afirmou.
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