Maria e José seguem imbatíveis no topo dos nomes mais comuns da Paraíba, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4). A nova edição do projeto Nomes no Brasil revela que as preferências dos paraibanos continuam marcadas pela tradição e pela fé, embora também apontem mudanças culturais nas gerações mais novas.
Entre as mulheres, Maria aparece disparada na liderança, com 442.358 registros (11,13%), seguida por Ana, Josefa, Francisca, Severina e Rita. No universo masculino, José mantém o primeiro lugar com 210.814 registros (5,3%), seguido por João, Francisco, Antônio, Pedro e Severino, uma lista que poderia facilmente compor o batismo coletivo de qualquer paróquia nordestina.
Nos sobrenomes, o predomínio também é de raízes familiares tradicionais: Silva está presente em mais de 1,1 milhão de registros (28,18%), seguido por Santos, Oliveira, Lima, Pereira e Sousa. Juntos, esses nomes formam a base da identidade civil de boa parte dos paraibanos. A variação entre Sousa e Souza também chama atenção: na Paraíba prevalece o “s”, enquanto no cenário nacional o “z” é o mais comum.
O levantamento mostra que a Paraíba acompanha a tendência nacional, onde “Maria”, “José”, “Ana” e “João” também lideram o ranking e “Silva” é o sobrenome mais frequente, presente em 16,7% da população brasileira.
Mas o estudo não se limita à tradição. Ele também revela o retrato de uma sociedade em transformação. Nomes como Osvaldo e Terezinha, com idades medianas acima de 60 anos, estão em declínio, enquanto Gael e Helena, com média de idade entre 1 e 8 anos, representam a nova geração de registros no país.
O novo site do projeto (disponível em censo2022.ibge.gov.br/nomes) permite explorar dados por gênero, período de nascimento, estado e município, além de exibir linhas do tempo com a evolução de cada nome e sua concentração geográfica. O portal ainda traz curiosidades sobre a Onomástica, o estudo dos nomes próprios, e uma ferramenta inédita que compara os nomes mais populares do Brasil com os de outros países.
No mapa global, por exemplo, é possível descobrir que o sobrenome mais comum da China, Wang, aparece em pouco mais de 1,5 mil registros no Brasil, e que nomes bolivianos como Juan e Juana também têm presença expressiva em território brasileiro.
O IBGE reforça que, por sigilo estatístico, nomes e sobrenomes com menos de 20 registros não são exibidos integralmente, garantindo a confidencialidade das informações.
Com o novo levantamento, o projeto “Nomes no Brasil” confirma algo que vai além das estatísticas: cada Maria, José, Silva ou Sousa ajuda a contar a história da formação cultural e social da Paraíba e do país — uma mistura de fé, tradição e identidade que atravessa gerações.
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