A vereadora de João Pessoa, Jailma Carvalho (PSB), deixou claro nesta quinta-feira (2) que, apesar de continuar integrando a base do prefeito Cícero Lucena (sem partido) na Câmara Municipal, sua fidelidade política segue sendo ao governador João Azevêdo (PSB). As declarações foram dadas após a sessão na Casa de Napoleão Laureano e repercutidas no programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM.
“Os debates estão se intensificando, o que faz parte do processo político. Estamos nos aproximando de um ano eleitoral, que será extremamente desafiador, mas também marcado pela liderança de João Azevêdo, que vem transformando o estado da Paraíba. Aqui, reafirmamos a posição do PSB e nos colocamos como protagonistas dessa trajetória. Permaneço na base governista, mas sigo na liderança do governador João Azevêdo. Não tive nenhum direcionamento do partido até agora. O PSB ainda não sentou para dialogar especificamente sobre essa situação”, disse Jailma, que teve mais de 10 mil votos na eleição de 2024 e é considerada um dos nomes de maior densidade da bancada socialista.
A fala ocorre no momento em que a relação entre o PSB e o prefeito Cícero Lucena segue em crise. Após deixar oficialmente o Progressistas, sigla aliada de João Azevêdo, Cícero anunciou sua pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026, em movimento que causou mal-estar dentro da base governista. Alguns integrantes do PSB reagiram com críticas e reafirmando o apoio ao vice-governador Lucas Ribeiro (PP) como nome do grupo para a sucessão estadual.
Nos bastidores, já se ventila que Cícero deve desembarcar no MDB, partido comandado na Paraíba pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, com quem mantém conversas frequentes. Uma possível chapa entre os dois em 2026 tem sido ventilada como alternativa à hegemonia da base de Azevêdo.
Jailma, por sua vez, parece caminhar com cautela no tabuleiro. Embora continue votando com o prefeito na Câmara, aguarda um posicionamento oficial do PSB para decidir seus próximos passos — o que sinaliza que o apoio a Cícero pode ter prazo de validade. “Até segunda ordem”, resumiu.
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