O delegado da Polícia Civil de São Paulo, Fernando Davi, deu detalhes sobre a prisão do influenciador paraibano Hytalo Santos e de seu marido, cumprida nesta quarta-feira (14) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, em operação que apura crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. Segundo o delegado, ambos permanecerão presos no sistema prisional comum, por se tratar de prisão preventiva, até decisão da Justiça da Paraíba, que poderá solicitar o recambiamento.
De acordo com Davi, os dois foram detidos em uma residência alugada de alto padrão, onde estavam outras oito pessoas — todas maiores de idade, sem menores no local. “Cada um tinha quatro celulares, totalizando oito aparelhos apreendidos, além de um veículo Land Rover. Todo o material será encaminhado à Polícia Civil da Paraíba e ao Gaeco, dentro da cadeia de custódia”, informou.
O delegado explicou que os presos passarão por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, nesta quinta-feira (15), por audiência de custódia. Até lá, permanecerão na cadeia de trânsito. Ele também confirmou que havia indícios de que o casal já sabia da expedição dos mandados e estaria tentando se evadir, mas não ofereceu resistência à prisão.
A operação foi resultado de trabalho de inteligência e investigação em apoio ao Ministério Público e à Polícia Civil da Paraíba, com bloqueio de bens, retirada de monetização das redes sociais e apreensão de materiais para aprofundar as investigações. “Foi um crime de grande repercussão nacional, envolvendo crianças e adolescentes, o que demanda um trabalho integrado e cauteloso entre os órgãos de segurança e o Ministério Público”, reforçou Davi.
Advogados apontam falhas na operação contra Hytalo Santos e questionam necessidade de prisão preventiva do influenciador
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