A Paraíba nunca teve uma mulher como governadora eleita. Isso mesmo que você está lendo! Desde a fundação do Estado, nenhuma mulher pegou na caneta e exerceu o mandato principal de chefe do Executivo estadual.
Na história, apenas três mulheres ocuparam a cadeira de forma interina, por horas ou poucos dias. A primeira foi Lauremília Lucena, vice-governadora entre 2003 e 2007. Depois veio a desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, que assumiu o governo em 2014. E, por fim, Lígia Feliciano, vice-governadora entre 2015 e 2022, que comandou o estado em diferentes períodos, sempre como “governadora em exercício”.
Esses registros mostram o quanto a presença feminina no comando do Executivo estadual ainda é exceção e passageira. Mas o ponto aqui não é militância nem disputa de espaço com os homens. É reflexão e representatividade.
A pergunta que deixo é simples: cadê as mulheres no cenário político de 2026?
As ruas já conhecem os nomes de Cícero Lucena, Lucas Ribeiro, Efraim Filho e Pedro Cunha Lima, todos com articulações em andamento, entrevistas concedidas e agendas políticas em ritmo acelerado. Mas onde está o nome feminino nessa disputa?
A ausência de mulheres em cargos de poder mostra que é hora de sairmos dos bastidores e assumirmos o papel de protagonistas. A política precisa de mulheres que pensem, decidam e influenciem os rumos do Estado, não apenas que componham cotas ou figuras de apoio, mas que ocupem espaço com preparo, coragem e propósito.
Ainda somos minoria nos cargos eletivos, mas somos maioria no eleitorado. E isso, por si só, já diz muito sobre o poder que temos e o quanto ainda podemos decidir.
Não se trata de levantar bandeira, mas de se posicionar por representatividade. Porque quando uma mulher ocupa um espaço de decisão, ela abre caminho para muitas outras. E talvez, quem sabe, o futuro governador da Paraíba seja, enfim, uma governadora.
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