A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo na última sexta-feira (14), revela uma queda significativa na avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre católicos e evangélicos. O levantamento, realizado nos dias 10 e 11 de fevereiro, mostra que, entre os católicos, a avaliação positiva do governo caiu 14 pontos percentuais, de 42% em dezembro de 2024 para 28% agora. Em contrapartida, a avaliação negativa entre esse grupo subiu para 36%.
No segmento evangélico, a queda foi mais modesta, mas ainda relevante, com a avaliação positiva passando de 26% em dezembro para 21% na atual pesquisa. O índice de avaliação negativa entre os evangélicos também é alto, com 48% dos entrevistados considerando o governo Lula ruim ou péssimo.
A pesquisa, que ouviu 2.007 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios, revela uma tendência geral de insatisfação com a gestão de Lula. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para a população geral e de 6 pontos percentuais entre evangélicos e 3 pontos percentuais entre católicos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último Censo Demográfico de 2010, os católicos representavam 64,6% da população brasileira, enquanto os evangélicos somavam 22,2%. Mais recentemente, uma pesquisa do Datafolha de 2020 indicou que os católicos representam 50% da população, enquanto os evangélicos chegam a 31%.
A pesquisa também mostrou que, em março de 2023, 35% dos evangélicos já avaliavam negativamente o governo de Lula, um índice superior ao de 25% entre os católicos na mesma época. Em relação à avaliação geral do governo, 41% da população brasileira considera o governo Lula ruim ou péssimo, enquanto apenas 24% expressam uma opinião positiva.
Essa pesquisa representa o pior nível de aprovação do presidente em seus três mandatos. Anteriormente, a menor aprovação de Lula foi registrada durante o auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato, em 2005, quando o índice de “ótimo e bom” chegou a 28%. A avaliação negativa mais alta até então havia sido observada em dezembro de 2024, com 34% de reprovação.
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