CPI do Crime Organizado começa com clima tenso após “matança” no Rio; senadores paraibanos cobram debate sobre segurança

Por Lucas Duarte / Fonte83 - 05/11/2025

Senadores da Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Efraim Filho (União Brasil).

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi oficialmente instalada no Senado Federal nessa terça-feira (4), em meio à repercussão da operação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. A ação, a mais letal da história fluminense, reacendeu o debate sobre a política de segurança pública no país e já provoca reflexos no cenário político da Paraíba.

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDBPB), suplente na comissão, disse estar otimista com os trabalhos do colegiado, destacando o perfil técnico dos parlamentares que vão conduzir as investigações. “O presidente é o senador Fabiano Contarato, delegado de formação, assim como o relator, Alessandro Vieira. A CPI está em boas mãos”, afirmou o emedebista, em entrevista repercutida pelo programa Correio Debate, da rádio Correio 98FM.

Já o senador Efraim Filho (União BrasilPB) aproveitou para cobrar que o tema da segurança pública seja tratado com mais seriedade também nas eleições estaduais. “No nosso estado, esse debate é quase inexistente. Nenhum dos pré-candidatos fala de segurança. Espero que a CPI traga esse tema para o centro da discussão no Brasil”, afirmou.

A CPI, proposta por Alessandro Vieira (MDBSE), elegeu Fabiano Contarato (PTES) como presidente, por 6 votos a 5, derrotando o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (RepublicanosRS), que ficou como vice. O colegiado tem prazo de 120 dias para apurar a estrutura e expansão de facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), além da atuação de milícias e possíveis infiltrações no poder público.

A criação da comissão ocorre em meio à pressão da opinião pública e à disputa de narrativas entre governo e oposição. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a operação no Rio como uma “matança” e defendeu a participação da Polícia Federal (PF) nas investigações das mortes. Já o governador Cláudio Castro (PL) considerou a ação “um sucesso”, afirmando que os policiais “cumpriram seu dever”.

Paralelamente, o governo federal enviou ao Congresso, em regime de urgência, o projeto de Lei Antifacção, que busca reforçar o enfrentamento às organizações criminosas e ampliar o controle sobre suas fontes de financiamento.

A CPI do Crime Organizado terá 11 titulares e 7 suplentes, com nomes de peso tanto da base governista quanto da oposição, entre eles, Flávio Bolsonaro (PLRJ), Sérgio Moro (União BrasilPR) e Jaques Wagner (PTBA). A expectativa é de fortes embates políticos nos próximos meses, com repercussões diretas na disputa eleitoral de 2026.

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