Chefe do Numol detalha morte de mulher após uso irregular de caneta emagrecedora em Cabedelo

Por Fonte83 - 05/11/2025

Foto: Reprodução

A Polícia Civil da Paraíba (PCPB) revelou novos detalhes sobre a morte de Jéssica Manuela, de 31 anos, ocorrida na cidade de Cabedelo, no Litoral do estado, após o uso indevido de uma caneta emagrecedora. De acordo com o laudo pericial, a causa do óbito foi sufocamento direto, possivelmente agravado por um quadro de hipoglicemia severa, queda acentuada do nível de glicose no sangue, provocada pelo uso incorreto da medicação.

O chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), perito Flávio Fabres, explicou que o exame de necropsia identificou resíduos alimentares nas vias respiratórias da vítima. “Durante a autópsia, foi verificada uma grande quantidade de resíduo alimentar no interior da traqueia. O diagnóstico foi sufocação direta. É possível que ela tenha tido uma hipoglicemia durante o uso da medicação ou de outras substâncias associadas”, detalhou.

Jéssica teria adquirido o medicamento por conta própria e vinha utilizando as aplicações há poucos dias, sem prescrição ou acompanhamento médico. A substância, indicada originalmente para o tratamento de diabetes tipo 2, vem sendo usada de forma irregular por pessoas que buscam emagrecimento rápido.

De acordo com o Samu, que atendeu a ocorrência, a jovem apresentava sinais de hipoglicemia grave no momento do socorro. O quadro pode causar perda de consciência, convulsões e, em casos extremos, sufocamento, como apontado pelo laudo pericial.

A Polícia Civil segue investigando o caso para determinar as circunstâncias exatas da morte e apurar a origem do medicamento. O caso acende um novo alerta para o uso indiscriminado de substâncias farmacológicas com fins estéticos sem acompanhamento profissional.

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