O deputado federal Wellington Roberto(PL-PB) afirmou nesta sexta-feira (11), durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM que o destino dos réus e condenados pelos ataques extremistas de 8 de janeiro de 2023 depende da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), e da “vontade de Deus”.
“A gente conta com a maioria do parlamento a favor e, logicamente, a decisão fica primeiramente nas mãos de Deus e depois de Hugo Motta”, declarou o parlamentar, em tom confiante sobre a tramitação do Projeto de Lei 2.858/2022, que prevê a anistia dos envolvidos nos atos golpistas em Brasília.
A declaração vem após o requerimento de urgência do projeto, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcanti(PL-RJ), atingir o número mínimo de 257 assinaturas necessárias para avançar na Câmara. Com o regime de urgência, a proposta pode ser votada diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões da Casa.
Entre os 258 deputados federais que apoiam a tramitação acelerada da matéria, estão três paraibanos: Wellington Roberto, Cabo Gilberto Silva (PL) e Mersinho Lucena (PP). O projeto de anistia é defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de tentar promover um golpe de Estado.
Agora, cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta, definir quando o requerimento será analisado. A expectativa é que o tema seja discutido na reunião de líderes marcada para o próximo dia 24, após o feriado da Páscoa.
O debate em torno da anistia tem dividido opiniões no Congresso e reacendido o debate sobre os limites da liberdade de manifestação, os impactos do extremismo político e a responsabilização dos envolvidos nos ataques às instituições democráticas.
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