Zé Aldemir faz oposição ao Governo do Estado em Cajazeiras, mas mendiga nas repartições do mesmo Governo na Capital – Por Fabiano Gomes

Por Fonte83 - 30/01/2025

Se tem uma coisa que Zé Aldemir não economiza, é incoerência. O ex-prefeito de Cajazeiras, sempre que abre a boca para falar com a imprensa paraibana, despeja toda a sua indignação contra o governador João Azevêdo. Faz questão de posar como o grande opositor do Governo do Estado no sertão, como se fosse um guerreiro incansável da resistência. Mas, na prática… bom, na prática, Zé é daqueles que xinga no palco e pede ajuda nos bastidores.

Porque, veja bem, enquanto ele destila sua raiva contra João Azevêdo, as imagens não mentem: lá está ele, de sorriso aberto, sendo recebido e resolvendo suas demandas com o próprio governo que ele diz combater. É aquela velha história do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Se dependesse só dos discursos inflamados, Zé deveria estar na oposição ao Governo do Estado. Mas não. Quando precisa, lá vai ele, bater na porta das secretarias como um bom aliado não assumido.

Talvez ele devesse aprender uma coisinha ou outra com o ex-prefeito de Santa Rita Emerson Panta, seu colega do PP. Ele teve a coerência de ser oposição até o fim – não só no gogó, mas também nas atitudes. Não ficou de joguinho duplo, fazendo cara feia para as câmeras enquanto apertava mãos nos corredores do poder. Deveria fazer também como seu correligionário Marcus Eron, de Monte Horebe, ou Verissinho, de Pombal, também ex-prefeitos de oposição ao Governo e que nem atacam o governador e muito menos ficam mendigando benesses nos corredores do poder em João Pessoa.

Zé Aldemir quer ser oposição, mas não larga o osso do governo. Um clássico caso de amor e ódio mal resolvido.