O deputado federal Wilson Santiago (Republicanos–PB) se posicionou nesta terça-feira (22) contra os recentes movimentos de setores da oposição que articulam um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) Segundo o parlamentar, as decisões da Suprema Corte fazem parte da institucionalidade democrática e devem ser respeitadas.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, o deputado expressou preocupação com o que classificou como tentativas de enfraquecimento das instituições. “A cidadania se exerce com responsabilidade. Quando vemos movimentos que desrespeitam decisões do Supremo, isso nos surpreende negativamente. É preciso respeitar o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
A declaração de Santiago vem em meio à nova ofensiva liderada pelo Partido Liberal (PL), que tenta articular no Senado Federal um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, em reação às medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As restrições, autorizadas pelo ministro, incluem uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acesso às redes sociais e limitação de contato com diplomatas, no contexto de investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado.
Apesar da pressão da oposição, a proposta de impeachment encontra dificuldades para avançar. Sob as presidências de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e agora Davi Alcolumbre (União Brasil–AP), o Senado não tem dado andamento a pedidos contra ministros do STF. No entanto, parlamentares bolsonaristas prometem intensificar as articulações após o recesso legislativo.
Críticas ao Centrão e pressão sobre o Congresso
A insatisfação da oposição se estende também aos presidentes da Câmara e do Senado. Parlamentares do PL criticam a demora na tramitação do PL da Anistia e a falta de reação à decisão de Moraes que retomou a cobrança do IOF, suspensa anteriormente pelo Congresso.
Nos bastidores, uma apuração recente revelou que os nomes de Hugo Motta (Republicanos–PB) e Davi Alcolumbre constaram em uma suposta lista do “revogaço” do governo norte-americano, com risco de cancelamento de vistos. Após pressão de aliados de Bolsonaro, os nomes foram retirados para evitar desgaste com o chamado Centrão.
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