Wallber Virgolino e suas lamúrias de Thor contra Odin – Por Eliabe Castor

Por Eliabe Castor - 09/09/2023

As lamúrias do deputado estadual Wallber Virgolino são sintomáticas, algo com um “Q” de inveja ou mágoa. Sim, estou a falar da irritação visível do parlamentar por seu nome, o do comunicador Nilvan Ferreira ou do deputado federal Cabo Gilberto, todos do PL, não terem conseguido ser, um deles, o escolhido pelo ex-mandatário do país, Jair Bolsonaro, expoente maior do Partido Liberal, para disputar a prefeitura de João Pessoa em 2024.

O ex-capitão preferiu optar por alguém que esteve com ele na linha de frente do seu conturbado governo. Falo do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Algo que já era previsível há meses, mas  que o chamado “Triunvirato” demorou a acreditar que seria preterido por aquele que pensava ser donatário do Brasil. Mas foram; e o fato gerou dor e decepção nos três grandes defensores bolsonaristas que, educadamente, ainda juram amores pelo ex-presidente da República.

Fato é que Nilvan Ferreira e Cabo Gilberto exercem postura mais elegante quando o assunto gira na órbita de Marcelo Queiroga, observando sua competência enquanto gestor e profissional da saúde. Por sua vez, Virgolino e seu estilo temperamental de “fazer” política de forma policialesca, muitas vezes até nervosa, falou para a Rosa dos Ventos que o ex-colaborador de Bolsonaro era um ilustre desconhecido do eleitorado pessoense, cujos seus holofotes não seriam páreo seguro para enfrentar uma possível reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP).

Wallber Virgolino, na sua “Ira de Thor”, ficou furioso com Odin, e não aceitou, como um pirralho birrento, a escolha que o Partido Liberal fez. Informou que, sem ele e os dois outros cavaleiros do “triúnviros”, Queiroga não teria dez por cento do eleitorado. Esperava, o deputado, seu porcento do esforço empregado ao defender, de forma veemente, o governo bolsonarista balizado em decisões da mais pura extrema direita, algo que vem ganhando notabilidade na geopolítica mundial a fim de ser uma proposta diferente ao modelo político com pilares fincados no caminho progressista.

E nesse mar revolto que dominou o sangue de Virgolino, que não é Lampião, importante lembrar que Marcelo Queiroga, um noviço na política partidária, frequentou a escola bolsonatista, e não é “inofensivo” ou “frágil” quanto parece. Pelo contrário, trata-se de um homem polido, de fala mansa e sentido aguçado.

Terá ele, em 2024, a força de Bolsonaro e do presidente nacional da legenda liberal, Valdemar Costa Neto, além da imensa estrutura partidária do PL em seu favor, o que não é pouco. E sim, seu capital eleitoral crescerá, e muito, pondo-o com chances de chegar ao topo do Everest e ter seu nome como um dos cotados a tentar barrar uma possível reeleição de Cícero Lucena.

E aqui há uma grande curiosidade que entra na mente deste colunista. Como será o debate político envolvendo um dos integrantes do “Triunvirato” e Queiroga? Saudações cordiais existirão entre tais atores? A paixão de todos permanecerá viva a Bolsonaro, ou sentimentos nobres e de verdadeira adoração para com o ex-mandatário do país não permanecerão no discurso ainda empregado por Nilvan, Wallber e Cabo Gilberto?

São questões que até Odin espera a resposta, mesmo sendo ele o deus supremo e portador de todo o conhecimento da terra eleitoral que ele domina.