O deputado estadual Walber Virgolino (PL) acendeu o sinal de alerta no campo conservador paraibano ao denunciar, em entrevista nesta terça-feira (14), ao programa CBN João Pessoa, da rádio CBN Paraíba, que setores do Partido Liberal (PL) estariam articulando, nos bastidores, um apoio velado a nomes fora do espectro da direita, como os de Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Nabor Wanderley (Republicanos), para o Senado Federal em 2026.
Virgolino defendeu com veemência o nome do ex-deputado federal Major Fábio Rodrigues (Novo), que já lançou sua pré-candidatura ao Senado e cobrou publicamente o apoio do presidente estadual do PL na Paraíba, o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga. Para o deputado, o PL precisa ter clareza e coerência em sua atuação. “Se Major Fábio for o candidato, ele é o meu candidato. Se não for, vou brigar para que ele seja. Meu receio é que o PL fique sem um segundo nome e, por debaixo dos panos, acabe apoiando quem diz combater. Não podemos repetir os erros do passado”, afirmou.
A crítica mira diretamente os rumos internos do PL após a saída do grupo liderado por Wellington Roberto, que deixou o comando da sigla em meio a acusações de “jogo duplo”. Para Walber, é contraditório que o partido agora incorra no mesmo comportamento. “Tiraram Wellington dizendo que ele fazia jogo duplo. E agora? Vamos repetir o mesmo modelo? Estou até com saudade de Wellington”, ironizou.
Major Fábio, por sua vez, tem buscado consolidar seu nome como alternativa no campo conservador, com forte apelo entre o eleitorado evangélico e os militares e busca substituir o pastor Sérgio Queiroz — que desistiu da corrida ao Senado para retomar integralmente sua atuação religiosa. Ao lado de Marcelo Queiroga, que também se posiciona como pré-candidato ao Senado, a estratégia seria lançar uma chapa com duas candidaturas ao Senado em 2026, reforçando a presença da direita paraibana no Congresso.
Apesar do apoio pessoal de aliados como o deputado Sargento Neto (PL), ainda não há definição oficial sobre a composição da chapa majoritária do PL. A expectativa é de que as articulações avancem até o início de 2026. Enquanto isso, Walber Virgolino promete manter a pressão para que o partido “abrace de verdade o que diz defender” e não caia, mais uma vez, em “discursos de conveniência”.
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