Vereadores de João Pessoa ignoram pautas municipais e voltam a usar a tribuna da Câmara Municipal para debater polarização PT/PL

Por Fonte83 - 13/02/2025

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), voltou a ser palco de debates nacionais, nesta quarta-feira (12). Apesar dos parlamentares terem sido eleitos para atuarem de perto na fiscalização das ações da prefeitura, representando a população, os vereadores Eliza Virgínia (PP) e Marcos Henriques (PT), polarizaram uma discussão sobre os atos de 8 de janeiro na Casa de Napoleão Laureano, após o requerimento protocolado pela vereadora onde apelava para que o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos), pautasse o projeto de anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, em Brasília.

Em resposta ao requerimento, o vereador Marcos Henriques manifestou preocupação quanto à posição de Motta. Henriques questionou se Motta estaria “se vendendo” para alcançar a presidência da Câmara, citando declarações do deputado que negam que os ataques de 8 de janeiro configurem uma tentativa de golpe. O vereador do PT defendeu que os responsáveis pelos atos que atentaram contra a democracia brasileira sejam punidos com rigor.

“Eu espero que Hugo Mota, ele não tenha se vendido para poder ser o presidente da Câmara Federal a todo custo. Eu acho que se isso acontecer, ele já começou muito ruim dando declarações desconhecendo a tentativa de golpe”, afirmou Marcos.

Por outro lado, a vereadora Eliza Virgínia expressou sua esperança de que Hugo Motta cumpra o acordo firmado com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com a direita brasileira, defendendo a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro. “Eu tenho esperança. Eu faço os votos de que o Hugo Motta seja muito corajoso para manter a sua palavra. O acordo que foi feito com toda a direita brasileira, com o Jair Bolsonaro, com os os deputados que votaram nele”, rebateu Eliza.

O requerimento apresentado por Eliza Virgínia foi aprovado pela maioria dos vereadores presentes na Câmara Municipal de João Pessoa, com exceção da vereadora Jailma Carvalho (PSB).

A polêmica em torno da anistia dos envolvidos no 8 de janeiro reacende o debate sobre os limites da democracia e a necessidade de punição para aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito.