VEJA: Bolsonaro exibe tornozeleira publicamente e dispara: “Não roubei, não matei, não trafiquei”

Por Fonte83 - 21/07/2025

Bolsonaro exibe publicamente tornozeleira eletrônica

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) exibiu publicamente, nesta segunda-feira (21), a tornozeleira eletrônica que passou a usar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O dispositivo foi colocado na última sexta-feira (18) e está fixado em sua perna esquerda. Ao sair de uma reunião com aliados na Câmara dos Deputados, Bolsonaro declarou que confia na “lei de Deus” e se disse vítima de injustiça.

“Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente… O que estão fazendo com um ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, afirmou.

O encontro no Congresso foi convocado pelo Partido Liberal e reuniu mais de 50 deputados e dois senadores, além de parlamentares de outras siglas, como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo. A articulação foi conduzida pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com o objetivo de reagir às recentes decisões do STF e à operação da Polícia Federal deflagrada na sexta-feira, que teve Bolsonaro como um dos alvos.

Durante a reunião, Cavalcante anunciou a criação de três comissões para coordenar a resposta da oposição às medidas judiciais. A primeira, sob a liderança do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), cuidará da comunicação entre os parlamentares. A segunda, chefiada por Cabo Gilberto Silva (PL-PB), será responsável pela articulação interna no Congresso. A terceira, voltada a ações externas e à defesa pública de Bolsonaro, ficará a cargo dos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC).

As medidas cautelares impostas por Moraes incluem, além do monitoramento por tornozeleira, o recolhimento domiciliar noturno (das 19h às 7h), a proibição de contato com embaixadores e outros investigados – como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – e a vedação à participação em transmissões nas redes sociais, inclusive por meio de terceiros ou da imprensa.

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