O que é mais uma flecha para São Sebastião? Sei que o santo não foi brasileiro, pois nasceu na França e mudou-se para a Itália. Mas aqui, com enorme perdão aos católicos, comparo o mesmo ao sofrido povo brasileiro. Calma! Não se trata de vitimização mas, sim, de pura constatação.
Narro tal fato pois é impressionante como o Brasil tem semelhança com Sebastião em todas as frontes. Posições doloridas provocadas por flechadas malignas vindas da intolerância que assola o país.
Todos os tipos de inflexibilidades que, nos últimos anos, passaram a figurar com vigor a seara política do combalido país. E bem longe de ser, e parecer, com a “Carta a el-Rei Dom Manoel sobre o achamento do Brasil”, redigida pelo escrivão português Pero Vaz de Caminha, a pátria amada e idolatrada necessita, urgentemente, de bote gigante para escapar da ignorância arrogante de alguns pseudo-religiosos da moralidade impura.
E sim! Ponho novamente o dedo na ferida quantas vezes for necessário, até que a última flecha xenofóbica seja arrancada da pele desnuda do gigante adormecido. Que o desejoso do separatismo vil seja definitivamente sepultado no antro de pensamento dos intolerantes.
O Brasil não necessita da “diáspora” apregoada por alguns regentes dos estados do Sul e Sudeste. E aqui não se faz necessário colocá-los no palco da fama às aversas. Seus nomes devem ser esquecidos na tumba do rei Tut, ou resgatados caso observem que o Brasil é um só ser.
Bloco monolítico sem rachaduras. Um cristal forte e livre de remendos. Um país de um só povo, com várias culturas e costumes no seu interior pulsante. Uma nação com dialetos regionais e uma língua falada e bem falada de Norte a Sul.
E sim! A polarização política existe. Não há como negar. Mas os patriotas e companheiros de sã consciência jamais buscarão se digladiar com foices e martelos numa trincheira fétida da mais escarlate ignorância, cujo outro lado do front residem os débeis em “verde e amarelo”. Gente pálida. Todos embotados por um largo sorriso de “arminhas na mão”. Negacionistas de uma vacinação para curar a própria alma.
Para os radicais, sim! Flechas e mais flechas até o perdão vir de São Sebastião, pois de “santo” o extremismo nada tem.