Um jabuti chamado Buega Gadelha; por Fabiano Gomes

Por Fonte83 - 20/05/2022

Tem jabuti que só sobe em árvore paraibana.

Buega Gadelha é um desses Quelônios de carapaça fortificada por um mix de falta de bom senso com oportunismo que contraria qualquer lógica.

O representante da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), que nunca comandou uma indústria na sua longeva existência, se mantém à frente da instituição há mais de 27 anos.

Buega aportou na presidência da Fiep em 1995, quando a maioria de nós estava brincando de bola de gude pelos terreiros da infância. E de lá nunca mais saiu.

O prejuízo é todo do cambaleante setor industrial paraibano, que nunca conseguiu ter, sob a condução de Buega, a expressão que deveria no tecido econômico do Estado.

Pois a nutrição do presidente que se eternizou na Fiep não vem dos setores que produzem e sim da política.

Cercado por influências alheias ao empresarial, ele trabalha para se mumificar nos corregedora da Federação.

Mas parece que sua longa estadia na presidência da Fiep está cansando a quem importa. O clima interno nunca esteve tão pesado.

O sinal amarelo acendeu, mais uma vez, em um tal de “Diálogo Empresarial” que promoveu ontem com banquete requintado.

Tinha político e imprensa. Só não tinha empresário.

Dos 26 presidentes de sindicato com direito a voto na eleição interna da Fiep, apenas 8 participaram.

Se servir como teste da eleição – que já está sendo articulada para ser antecipada – talvez tenha mesmo chegado a hora do jabuti cair da árvore de (in) conveniências que Buega Plantou para si há quase três décadas.

Já cai tarde.

A Fiep precisa voltar às mãos da indústria, que sabe com quantos calos se ergue o setor produtivo.