Tem jabuti que só sobe em árvore paraibana.
Buega Gadelha é um desses Quelônios de carapaça fortificada por um mix de falta de bom senso com oportunismo que contraria qualquer lógica.
O representante da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), que nunca comandou uma indústria na sua longeva existência, se mantém à frente da instituição há mais de 27 anos.
Buega aportou na presidência da Fiep em 1995, quando a maioria de nós estava brincando de bola de gude pelos terreiros da infância. E de lá nunca mais saiu.
O prejuízo é todo do cambaleante setor industrial paraibano, que nunca conseguiu ter, sob a condução de Buega, a expressão que deveria no tecido econômico do Estado.
Pois a nutrição do presidente que se eternizou na Fiep não vem dos setores que produzem e sim da política.
Cercado por influências alheias ao empresarial, ele trabalha para se mumificar nos corregedora da Federação.
Mas parece que sua longa estadia na presidência da Fiep está cansando a quem importa. O clima interno nunca esteve tão pesado.
O sinal amarelo acendeu, mais uma vez, em um tal de “Diálogo Empresarial” que promoveu ontem com banquete requintado.
Tinha político e imprensa. Só não tinha empresário.
Dos 26 presidentes de sindicato com direito a voto na eleição interna da Fiep, apenas 8 participaram.
Se servir como teste da eleição – que já está sendo articulada para ser antecipada – talvez tenha mesmo chegado a hora do jabuti cair da árvore de (in) conveniências que Buega Plantou para si há quase três décadas.
Já cai tarde.
A Fiep precisa voltar às mãos da indústria, que sabe com quantos calos se ergue o setor produtivo.