Tovar Coreia Lima destaca importância da manutenção das 12 cadeiras da Paraíba na Câmara: “Perder seria um prejuízo imenso”

Por Lucas Duarte / Fonte83 - 30/09/2025

Deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), durante entrevista à imprensa na ALPB.

O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) comentou nesta terça-feira (30), após sessão na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que adiou para 2030 a aplicação da redistribuição das vagas da Câmara dos Deputados com base no Censo de 2022.

Para Tovar, a medida garante à Paraíba preservar sua atual representatividade em Brasília — atualmente com 12 deputados federais — o que, segundo ele, é essencial para manter recursos e influência política no cenário nacional. “Minha preocupação era justamente essa: não perder duas cadeiras. Isso significaria perder uma fonte importante de recursos para um estado pequeno como o nosso. Além disso, temos parlamentares paraibanos em posições de destaque na Câmara. Isso tem muito a ver com o jeito acolhedor do paraibano, que ajuda a conquistar espaços”, comentou o deputado.

Se a redistribuição proposta fosse adotada já em 2026, como previa o cálculo feito pelo TSE com base nos dados do Censo do IBGE, a Paraíba perderia duas cadeiras na Câmara Federal (passando de 12 para 10) e seis vagas na Assembleia Legislativa, reduzindo o número de deputados estaduais de 36 para 30.

Tovar também fez uma crítica bem-humorada à frequência dos colegas na ALPB: “Na Assembleia nem tanto… talvez só tenha visto os 36 deputados aqui no dia da posse. Nunca mais vi os 36 juntos. Então, seis a mais ou a menos aqui dentro talvez não fizesse tanta diferença. Mas em Brasília faz, e muita”, pontuou.

A decisão de Fux atende a um pedido do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União BrasilAP), que alegou que o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto que amplia o número de deputados ainda não foi apreciado pelo Legislativo. Portanto, não há segurança jurídica para implementar mudanças já no próximo pleito.

Para o ministro do STF, qualquer alteração no número de cadeiras precisa ser feita com antecedência, respeitando o calendário eleitoral e garantindo previsibilidade ao processo democrático.

Com isso, a composição das bancadas na Câmara dos Deputados permanecerá a mesma nas eleições de 2026, adiando qualquer impacto prático do Censo 2022 para o pleito de 2030. A Paraíba, portanto, mantém suas 12 cadeiras no Congresso Nacional, o que, para Tovar, representa um alívio político e institucional.

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