TIRO NO PÉ: Às vésperas de enfrentar o Flamengo, SAF do Botafogo-PB se omite e não define preços nem divisão de ingressos; por Feliphe Rojas

Por Fonte83 - 15/04/2025

Alexandre Gallo em entrevista no Botafogo-PB – Cristiano Santos / Botafogo-PB

Faltam pouco mais de duas semanas pro um dos maiores jogos do Botafogo-PB da sua história. É contra o Flamengo, pela terceira fase da Copa do Brasil, competição cuja os cariocas são atuais campeões e o palco vai ser o Almeidão. João Pessoa vai receber o que pode ser considerado o time mais poderoso das Américas. Seja em termos de qualidade dos jogadores, seja em termos de finanças. Mas, por incrível que pareça, até agora o torcedor não sabe o básico: quanto vai custar o ingresso, quantos ingressos vão ser vendidos, e como vai funcionar a divisão das torcidas.

É um absurdo. O tempo tá voando, Gallo, e o que se vê é uma SAF omissa, que não sabe gerir o tamanho do evento que tem nas mãos. A torcida do Botafogo, que vem apoiando o clube mesmo nos momentos mais difíceis, ainda tá sem resposta. E do outro lado tem o Flamengo, dono da maior torcida do Brasil, que toda vez que joga no Nordeste arrasta gente de tudo que é canto: Ceará, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe. São caravanas, famílias inteiras, gente que precisa se programar, juntar dinheiro, reservar hotel – se for o caso.

Mas como é que esse povo vai se planejar se ninguém sabe se vai ter ingresso suficiente, ou quanto vai precisar desembolsar?

A diretoria da SAF, que chegou prometendo modernidade, investimento e respeito ao torcedor, começou bem. Isso é inegável. Melhorou a comunicação com a torcida e o trato com a imprensa, além de estar investindo em reforços e infraestrutura. Também acertou ao recusar vender o mando do jogo, mantendo a partida em João Pessoa, dizendo que era pelos torcedores pessoenses. Mas agora some. Fica em silêncio. 

Além de ser uma gigantesca falta de consideração, é também um erro estratégico. Se os ingressos já estivessem sendo vendidos, o clube já podia estar arrecadando. E não é pouco dinheiro não. Estamos falando de uma renda que pode ser histórica, talvez a maior que o futebol paraibano já viu. Mas não. Preferem perder tempo, dinheiro e a boa vontade de tanto torcedores do Botafogo quanto do Flamengo com essa indefinição.

O torcedor não quer muito. Quer só o direito de se organizar, de fazer parte do espetáculo. Mas o Botafogo-PB, com essa demora, parece estar jogando contra si mesmo.

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