Senadores que vão negociar tarifaço contra o Brasil chegam aos EUA e fazem reunião preparatória

Por Fonte83 - 27/07/2025

Senadores fazem reunião preparatória nos Estados Unidos • Nelsinho Trad

Cinco dos oito senadores brasileiros que integram a comitiva encarregada de negociar a reversão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras participaram neste sábado (26) de uma reunião preparatória em Washington. O encontro teve como objetivo alinhar os principais pontos a serem apresentados nos próximos dias a congressistas e empresários norte-americanos.

Estiveram presentes os senadores Teresa Cristina (PP-MS), Nelsinho Trad (PSD-MS), Esperidião Amin (PP-SC), Marcos Pontes (PL-SP) e Fernando Farias (MDB-AL). Os demais integrantes da missão — Carlos Viana (Podemos-MG), Jacques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) — devem se juntar ao grupo neste domingo (27).

A missão parlamentar foi aprovada por unanimidade pelo Plenário do Senado e tenta reverter ou adiar a entrada em vigor das tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com início previsto para 1º de agosto. A medida, segundo analistas, ameaça desorganizar o comércio bilateral e foi associada, pelo próprio Trump, à ação penal em que Jair Bolsonaro é réu.

“A preparação é fundamental para garantir uma atuação coesa, institucional e estratégica em nome do Brasil”, afirmou Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores e coordenador da missão.

A agenda oficial começa na segunda-feira (28) com reuniões na Embaixada do Brasil em Washington pela manhã. À tarde, os senadores se encontram com lideranças empresariais e representantes do Brazil-U.S. Business Council na sede da Câmara Americana de Comércio (U.S. Chamber of Commerce).

A missão ocorre em meio a fortes tensões diplomáticas, em um momento em que o setor privado brasileiro demonstra preocupação com os impactos do tarifaço nas exportações e nas cadeias produtivas. A expectativa do grupo é convencer os interlocutores americanos de que o Brasil não pode ser penalizado por disputas políticas internas.