Relatório da PF aponta Bolsonaro em contato com sete políticos da Paraíba pelo WhatsApp; uma ausência surpreende

Por Fonte83 - 24/08/2025

Marcelo Queiroga e Cabo Gilberto Silva estão na lista de contatos de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Um relatório da Polícia Federal (PF) revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantinha contato direto com pelo menos sete políticos da Paraíba por meio de listas de transmissão no WhatsApp. O documento foi anexado a um inquérito que investiga possível descumprimento de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada primeiramente pelo Jornal da Paraíba.

A apreensão do celular de Bolsonaro identificou quatro listas, com quase 400 contatos, utilizadas para o envio de convocações a atos políticos, links de transmissões ao vivo e vídeos de manifestações. Entre os paraibanos citados estão o ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Senado, Marcelo Queiroga (PL), e o filho dele, Queiroguinha, além dos deputados federais Cabo Gilberto (PL) e Wellington Roberto (PL), o deputado estadual Wallber Virgolino (PL), o comunicador Nilvan Ferreira (Republicanos) e o vereador pessoense Carlão Pelo Bem (PL).

A ausência mais marcante nas listas é a do pastor Sérgio Queiroz (Novo), que foi Secretário do Desenvolvimento Social na gestão do então presidente Jair Bolsonaro e disputou a vice-prefeitura de João Pessoa ao lado de Marcelo Queiroga em 2022. Cotado para concorrer a uma vaga no Senado em 2026, ele desistiu da pré-candidatura nos últimos meses.

Ligado ao bolsonarismo e às forças de direita, Sérgio Queiroz (à direita), não aparece nas listas de contatos de Jair Bolsonaro – Foto: Arquivo

A presença dessas lideranças reforça a proximidade do ex-presidente com a base bolsonarista no estado, especialmente dentro do PL, partido que concentra nomes estratégicos para as eleições de 2026.

O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa de Bolsonaro explique o uso do aplicativo. Caso entenda que houve descumprimento da decisão que proíbe o ex-presidente de usar redes sociais, Moraes pode decretar sua prisão preventiva.

A defesa de Bolsonaro sustenta que o WhatsApp é um aplicativo de mensagens, não uma rede social, e nega descumprimento das medidas. Aliados criticaram a operação e o vazamento de informações. Marcelo Queiroga classificou o caso como “bullying” e “injustiça”, reforçando apoio político: “Iremos com ele até o fim”.

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