Quem cala consente e é conivente; por Fabiano Gomes

Por Fonte83 - 10/05/2022

Quem cala consente. E é conivente. Não posso, portanto, calar quando testemunho uma gestora séria e proba, como Roseana Meire, ser atacada por delitos que jamais cometeria.

E por que assevero essa impossibilidade?

Não a conheço de perto. Mas vi Roseana Meira ordenando, ao longo de quase oito anos (entre 2005 e 2012) orçamento na casa de 4 bilhões de reais, como gestora da pasta de saúde nas gestões municipais de Ricardo Coutinho e Luciano Agra.

Seus sucessores escavucaram, encomendaram auditoria e nada acharam que maculasse a gestão de Roseana, que além de atuar na gestão pública, é servidora concursada da UFPB.

Quando, no ano passado, começaram os rumores de irregularidades na Secretaria Executiva de Economia Solidária do Governo do Estado, na distribuição de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade, ela tomou a iniciativa de ir até o Gaeco entregar seu celular e se colocar à disposição das investigações.

Um servidor foi preso.

A denúncia trata sobre roubo de galinhas – literalmente. Do tipo caipira.

Sete das 30 toneladas de frango compradas pelo governo para aplacar a fome produzida pela pandemia não teriam chegado à mesa dos mais pobres.

Uma gestora que ordenou 4 bilhões de reais mancharia sua história furtando frango?

A pasta comandada por Roseana ainda distribuiu 430 mil quilos de peixe e 2 milhões de reais em hortifruti. Tudo de forma regular.

A denúncia concluiu que Roseana não participou nem obteve benefício nesse furto, calculado em cerca de cem mil reais.

Mas aponta que ela foi omissa.

Uma injustiça.

Que a história haverá de reparar.