Queiroga merece a medalha Pazuello de subserviência

Por Fonte83 - 13/04/2021

Sexta-feira passada, o paraibano Marcelo Queiroga circulava entre gigantes do setor empresarial em um jantar em São Paulo. Foi convidado pelo chefe Jair, que não aprovou um detalhe da indumentária do ministro da saúde: a máscara.

No meio do rega-bofe em que o Governo Bolsonaro tentou garantir aos homens do dinheiro que a pandemia está sob controle, Jair puxou as orelhas do ministro:

– Tira essa porra (de máscara), pô! Tá de sacanagem comigo?
Marcelo interpretou como uma brincadeira. Continuou de máscara. Segundo ele, para “dar exemplo”.

Seria um ato de “rebeldia” digno de louvor se o conjunto da obra de Marcelo Queiroga a frete do Ministério da Saúde não estivesse a milímetros de lhe conferir a medalha Pazuello de subserviência.

Queiroga pode até ter mantido a máscara, mas não manteve o principal: a promessa de vacinar um milhão de brasileiros por dia.

Como não fez a conta direito, teve que pedir desculpas.

E parece disposto a assumir a culpa até dos malfeitos do presidente.

Em uma demonstração de agachamento jamais vista até no seu antecessor, Queiroga – que chegou agora e fez quase nada – disse que o chefe da República não tem responsabilidade sobre a carnificina em curso.

A culpa seria dele, toda dele.

A penitência é tão inócua para combater o Coronavírus quanto a cloroquina.

Mas deve garantir vida longa ao paraibano no Ministério da Saúde.

Ele se salva. A gente não.