O candidato Pedro Cunha Lima faz neste segundo turno um movimento ousado e muito arriscado:
Montar um palanque heterogêneo para atrair gregos e troianos – leia bolsonaristas e lulistas.
Nele, vai colocar antagonistas como Veneziano e Walber Virgulino, por exemplo.
A ideia é atrair o eleitor de Lula sem espantar o eleitor de Bolsonaro.
No papel parece esperto, mas será que não é preciso, antes, combinar com os “russos” paraibanos?
É preciso, principalmente, combinar com os eleitores do capitão, que não aceitam essa dubiedade de Pedro.
O filho de Cássio sempre teve vergonha de Bolsonaro e fez oposição a seu governo durante quatro anos. E continuou a fazê-lo mesmo depois de indicar o cunhado para a importante Sudene.
Pelo que conheço do universo bolsonarista, não se tolera apoio envergonhado ao presidente. Apaixonados, eles querem muito mais.
Para abraçar Pedro, o bolsonaristas raiz não aceita esse palanque hibrido. Ele teria que vestir verde e amarelo, fazer sinal de arminha e bater continência para Jair.
Óbvio que eles jamais irão às urnas apertar o 40 de João Azevedo.
Podem apostar: a tendência na Paraíba – entre um candidato lulista e outro bolsolula – é que os votos nulos para governador aumentem exponencialmente.
Aí Pedro vai entender que o vacilo de quem quer ser mais sabido do que todo mundo é achar que só a mãe dele faz filho inteligente.