A Prefeitura Municipal de Belém, município localizado no Brejo paraibano, emitiu uma nota de pesar na manhã desta sexta-feira (22), lamentando a morte do ex-secretário de comunicação daquela cidade, Oberto Nóbrega de Oliveira Barros, conhecido como Betinho Barros.
E o caso se agrava, ainda mais, quando a gestão municipal decreta luto oficial na cidade pela “partida inesperada e precoce” do servidor. O problema da desastroso documento está posto no seu conteúdo. Com pouca sensibilidade humana, a escrita exalta Oberto Nóbrega como um grande homem.
O problema é que o ex-secretário, que já foi vereador de Belém, matou a ex-esposa a tiros, e tirou, em seguida, a própria no início da noite de quinta-feira (21). A vítima era a jovem Rayssa Kathylle de Sá Silva, de 19 anos. Ela era mãe de dois filhos de menores com o homicida.
É bom sintetizar que o nome da vítima foi praticamente esquecido pela gestão municipal. Na nota de pesar seu nome parece flutuar. Há poucas referências a ela. Ao contrário do seu algoz, lembrado pelos cargos que ocupou. É citado, inclusive, o nome da mãe e irmã do ex-secretário.
Para Rayssa Kathylle de Sá Silva uma morna condolência a seus familiares e amigos, e só. Nesse caso, o papel foi invertido. O assassino é posto em um pedestal. A vítima na vala dos esquecidos. É como se Rayssa Kathylle fosse a responsável pela tragédia.
Veja a nota: