Relatório da Saúde Estadual, divulgado hoje, descortina uma realidade inquietante: Uma parcela generosa de gestores municipais paraibanos não tem tido pressa alguma em imunizar a população. Veja lista completa no fim do texto.
As vacinas estão na geladeira, enquanto o vírus segue contaminando e matando nas ruas.
Pirpirituba, Diamante e Pilões não vacinaram ninguém.
Baia da Traição, que além dos profissionais de saúde tem a população indígena (também prioritária) para vacinar, só aplicou 3,3% do estoque disponibilizado ao município.
Das 3.442 doses, apenas 114 foram efetivamente aplicadas.
A lentidão se repete em Pitimbu, Cuitegi, Marcação e Sapé, que não usaram sequer dez por cento de seus estoques.
Cidades estratégicas como Campina Grande, João Pessoa e Cabedelo também imunizam em ritmo incompreensivelmente lento, tendo aplicado até aqui em torno de 20% dos estoques disponíveis.
Juntas, as três cidades registraram até ontem 1.880 mortes.
O que, afinal, está emperrando uma ação que é determinante para vencer a guerra contra o Coronavírus?
As denúncias de fura-filas e penalidades previstas estão intimidando os gestores?
Há componente de negacionismo em cena?
A saúde estadual precisa questionar os municípios e cobrar celeridade.
Ministério Público também.
Porque eles podem até não ter pressa, mas a demora tem consequências fatais.
Ampliando o cemitério da pandemia, que já nos tirou mais de 4 mil paraibanos.
CONFIRA AQUI A LISTA COMPLETA*Por Adriana Bezerra