O Brasil vive um dos capítulos mais triste de sua história, perdendo miseravelmente a guerra contra o vírus.
Mas em meio a toda essa desgraça, ainda é alentador estar nesta banda de cá do país.
Porque os “generais” dessa contenda na Paraíba – notadamente o governador João Azevedo e o secretário Geraldo Medeiros – têm demonstrado responsabilidade e apego à vida.
Um fenômeno raro num país liderado pelo negacionismo assassino.
A pressão para acabar com o “mimimi” sobre a pilha de corpos, porém, também tem reflexos aqui.
Depois de uma semana em que “peitou” a orientação do capitão da morte, os nossos generais dão sinais de cansaço.
O cenário realmente melhorou?
Não duvido dos números da saúde estadual.
Mas esses mesmos dados mostram que a melhoria é muito discreta – em um nível que não permite tanta flexibilizações, sob pena de perder o terreno conquistado.
O inimigo ainda está forte demais para permitir essa capitulação conveniente.
Falta, sim, um pouco mais de coragem.
Para seguir tendo peito para enfrentar o negacionismo.
E ouvidos para escutar a voz da ciência, que segue projetando um abril ainda mais sangrento do que foi o março carniceiro.
As projeções são de mais de cem mil mortos ao longo dos próximos trinta dias.
Meio milhão de vidas perdidas até junho.
Não é hora de fazer de conta que a guerra está ganha.
Só porque faltou fôlego e coragem para seguir lutando.