A Paraíba entrou no foco de uma das maiores operações cibernéticas da história do país. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), uma ação nacional contra um grupo de hackers acusado de desviar mais de R$ 800 milhões de empresas ligadas ao sistema PIX, do Banco Central.
De acordo com informações da corporação, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Paraíba, além do Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. A operação também conta com apoio da Interpol e autoridades policiais da Espanha, Argentina e Portugal.
Até o momento, 17 pessoas foram presas, sendo 11 no Brasil e 6 no exterior. No total, a Justiça autorizou 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 640 milhões em bens dos investigados.
As investigações revelaram que o grupo invadiu sistemas de instituições financeiras que operam transações via PIX, desviando recursos das chamadas “contas de reserva”, utilizadas para liquidação de operações financeiras.
O ataque cibernético ocorreu em julho e afetou ao menos seis instituições financeiras, gerando pânico no mercado, embora as empresas tenham garantido que os clientes não tiveram valores pessoais subtraídos.
A Polícia Federal afirma que os hackers utilizavam credenciais reais de clientes para acessar indevidamente os sistemas, simulando movimentações legítimas. As fraudes eram altamente sofisticadas e realizadas em múltiplos países, o que motivou a atuação conjunta com forças internacionais.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica.
A operação foi batizada de PIX Firewall, em referência ao sistema de segurança digital que os criminosos conseguiram burlar.
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