PERIGO: Promotor constata que pessoas seguem atravessando ponte interditada entre Caaporã e Alhandra, mesmo com risco de desabamento

Por Fonte83 - 25/04/2025

Ponte que liga Caaporã ao Distrito de Cupissura

Mesmo interditada há mais de dois meses, a ponte sobre o Rio Papocas, na PB-034, continua sendo utilizada por moradores que arriscam a própria vida para se deslocar entre o Distrito de Cupissura, em Caaporã, e o município de Alhandra. A situação alarmante foi constatada pelo promotor de Justiça Eduardo Luiz Cavalcanti Campos, que realizou uma vistoria no local nesta quinta-feira (24).

Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), mesmo com a interdição formal, a população improvisou uma tábua sobre a estrutura danificada para permitir a passagem de motocicletas. A manobra, no entanto, coloca em risco a vida de quem se aventura na travessia. Há relatos de pessoas que já chegaram a cair da ponte, embora sem vítimas fatais até o momento.

Diante do cenário crítico, o MPPB emitiu recomendação ao Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER/PB) para que adote medidas urgentes que garantam a segurança dos cidadãos. O órgão também cobrou a apresentação, em até dez dias, de um cronograma com a solução definitiva dos problemas estruturais da ponte.

De acordo com o promotor, a ponte foi construída com tecnologia ultrapassada, inadequada para suportar as demandas atuais de carga. As fortes chuvas dos últimos meses agravaram a situação, comprometendo elementos estruturais da obra e tornando inviável o tráfego seguro.

“A situação perdura sem qualquer perspectiva concreta de solução, e o que se vê é a população exposta a um risco iminente. É inaceitável que, mesmo diante da interdição, pessoas sigam usando a ponte por falta de alternativas”, destacou Eduardo Luiz.

A recomendação do MPPB também alerta para a omissão do Poder Público em garantir rotas alternativas e reforça que a manutenção da circulação em uma estrutura sabidamente perigosa fere os direitos à vida e à saúde.

Enquanto o impasse não é resolvido, a comunidade local segue convivendo com o medo e a necessidade de se arriscar diariamente em busca de trabalho, saúde e educação.