Pedro defende união das oposições e diz que pode abrir mão de candidatura ao governo da Paraíba: “Eu faço política em coletivo e não sou candidato a todo custo”

Por Ingreson Derze - 30/10/2025

Pedro Cunha Lima durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, onde defendeu a união da oposição.

O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) reafirmou, durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, 100.5, seu compromisso com a construção coletiva de um projeto de oposição para as eleições de 2026. Ele destacou que seu nome continua à disposição para disputar o governo da Paraíba, mas ressaltou que não pretende ser candidato “a qualquer custo”, caso o grupo oposicionista decida caminhar em outra direção.

Questionado sobre o cenário eleitoral e a possibilidade de união entre os nomes que se colocam como alternativa ao atual governo, Pedro defendeu o diálogo entre os pré-candidatos, citando Efraim Filho e Cícero Lucena e outros líderes que integram o bloco oposicionista.

“Eu continuo com meu nome à disposição para ir à disputa, para cumprir com esse papel novamente, para representar uma agenda, um conjunto de ideias. Eu pude cumprir esse papel em 2022 e o debate que a gente ofereceu naquela eleição mostrou que essas ideias e essa agenda têm muita força. O resultado foi muito expressivo, fruto de um convencimento que colocamos ao longo de toda a campanha. Disse: ‘Pedro teve mais de 1 milhão de votos, não fui eu que tive mais de 1 milhão de votos’. Foi o programa que a gente apresentou e aquilo que a gente quer trazer para o nosso estado”, afirmou.

Ao tratar das articulações políticas, o ex-deputado reforçou que valoriza o trabalho coletivo e que sua candidatura não é uma imposição pessoal.

“De fato, para ser um projeto 100% da minha cara, eu tenho que ser candidato. Cada um é cada um. Não tem jeito. Agora, na política, a gente não faz política sozinho. Eu não faço política isolado, eu faço política em coletivo. E na política existem momentos que você não consegue, não necessariamente tem que ser eu o candidato. O que eu garanto é que o candidato tem que estar na oposição. Aí sim, se não vai ser 100% aquilo que eu prego ou do jeito, claro que não. Cada um é cada um, não tem jeito. Mas há momentos em que uma soma precisa acontecer para que o enfrentamento seja real. Porque também, eu tenho dito, eu não sou candidato a todo custo”, disse.

Ele destacou ainda que tem mantido conversas constantes com outros líderes políticos para preservar a unidade da oposição.

“Existe uma total flexibilidade. Eu não sou candidato a todo custo, não sou candidato de mim mesmo. Eu faço política em coletivo. Eu tô fazendo um esforço imenso para que a gente preserve a nossa unidade. Perdi a campanha em 2022 para uma estrutura, para uma máquina. Passa por cima. A máquina vai lá e passa por cima. Né? Então, assim, hoje a gente vê no campo das oposições um ambiente onde a gente pode de fato nivelar esse enfrentamento. E eu não vou deixar de fortalecer esse movimento de que dá competitividade à disputa. Então, posso ir a disputar o governo, posso não ser candidato para nada.”

Por fim, o ex-deputado reforçou que seu foco é defender uma agenda de desenvolvimento e igualdade para a Paraíba, independentemente de ser ou não o nome escolhido da oposição.

“O que eu não abro mão é disso, é de um enfrentamento necessário, seja com o senador Efraim, seja com o prefeito Cícero, são dois importantes nomes. O que eu quero é que uma agenda seja colocada sempre em discussão. A Paraíba precisa de um governo que cuide das pessoas, que invista em educação e oportunidades”, concluiu Pedro Cunha Lima.

 

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