O ex-deputado federal e presidente estadual do PSD, Pedro Cunha Lima, afirmou nesta sexta-feira (25) que enxerga com naturalidade o lançamento do nome do senador Efraim Filho (União Brasil–PB) como pré-candidato ao Governo do Estado com apoio do Partido Liberal (PL). No entanto, sinalizou que a oposição poderá ter mais de uma candidatura nas eleições de 2026.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, Pedro ressaltou que a articulação em torno de Efraim representa uma posição legítima do PL, mas lembrou que a oposição é composta por várias legendas que ainda debatem a construção de uma frente mais ampla. “É natural, é legítimo. Mas o debate continua. Além do PL, temos MDB, PSD, Podemos e outras forças que integram o campo oposicionista. O diálogo está aberto e o processo segue em construção”, declarou.
Pedro Cunha Lima não descartou a possibilidade de o campo oposicionista apresentar mais de uma candidatura ao Palácio da Redenção. Para ele, isso faz parte do jogo democrático e não compromete a estratégia eleitoral. “A eleição tem dois turnos. Não existe obrigação de unificar todos em torno de um único nome já no primeiro turno. Se forem duas candidaturas, pode ser até positivo para levar uma delas ao segundo turno”, afirmou.
Ele lembrou que em 2022 a oposição também entrou na disputa com múltiplas candidaturas, sem que isso representasse prejuízo irreversível para o grupo.
Neutralidade nacional e diálogo com várias frentes
Pedro reforçou sua postura independente em relação aos blocos nacionais e disse manter bom diálogo tanto com Efraim Filho quanto com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB), aliado do governo Lula. “Tenho relação respeitosa com Veneziano, com lideranças da base de Lula e também com Efraim. Minha posição nacional é clara: não me sinto representado nem por Bolsonaro nem por Lula. Pode não ser popular, mas é coerente com o que penso”, pontuou.
Sobre seu próprio nome para 2026, Pedro disse que não será candidato “a qualquer custo”. Ele afirmou que está disposto a colaborar de forma ativa com o projeto oposicionista, seja como candidato ou como articulador.
“Se eu for útil como candidato, serei. Mas se não for, posso contribuir como militante, como soldado do projeto. O importante é fortalecer o debate e apresentar alternativas sólidas à Paraíba”, concluiu.
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