O Vené que eu conheci; por Fabiano Gomes

Por Fonte83 - 03/10/2022

Há 20 anos participo ativamente de todas as campanhas majoritárias na Paraíba. São duas décadas nesses bastidores, convivendo muito de perto de seus principais líderes. A exemplo de Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho.

Nunca vi nenhum mais completo que Veneziano Vital do Rêgo.

Seja nas ruas.

Seja nos debates.

Seja na retórica.

Seja no trato pessoal, na lealdade e na honestidade.

Seja na forma de fazer política, convivendo democraticamente com as críticas.

Vené é, de fato, completo.

Mas nem ele, com todas as suas qualidades tão raras, conseguiria levar uma campanha à vitória do jeito que fez: sozinho, no peito e na raça.

E ele estava só e desaparelhado.

Nunca antes vi um QG operando sem pesquisas qualitativas. Sem tracking. Sem agenda. Sem social media profissional.

Sem TV Fiscal. Sem rádio escuta. Sem organograma de campanha.

Quando cheguei e pedi um, ouvi de Alex Azevedo, expoente do núcleo duro de Vené, que não precisava.

Não tenho dúvidas: se não fosse por isso, Vené estaria no segundo turno.

Do seu QG, apenas o marketing do guia – tocado pela Mix do genial Zé Maria – funcionou.

Deu no que deu.

E continuará dando (ou não dando) caso Veneziano siga sendo blindado por este núcleo concentrador, que o isola dos demais por puro ciúmes. Treinado para falar apenas o que ele quer ouvir.

O mais completo político da Paraíba precisa furar sua bolha particular.

Pois não tenho dúvidas, ao apagar das luzes de seu QG, que Vené ou acaba com o seu entorno ou o entorno acabará com ele.