O comunicador e ex-candidato a prefeito de Santa Rita, Nilvan Ferreira (Republicanos), reagiu com tranquilidade à citação de seu nome em um relatório da Polícia Federal (PF) que aponta a existência de listas de transmissão organizadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com políticos paraibanos. A declaração foi dada nesta quarta-feira (27), ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
Nilvan confirmou que manteve contato com Bolsonaro e afirmou que os diálogos eram sobre “pautas políticas e institucionais”. Segundo ele, não há qualquer temor quanto a possíveis investigações e, ao contrário, considera uma honra estar na lista.
“Preocupação zero. Seria ruim se meu nome estivesse em lista de Marcola, de Fernandinho Beira-Mar, de José Dirceu ou do ex-presidiário que hoje é presidente da República. Aí sim teria algum medo”, declarou.
PF apura suposta violação de medidas judiciais
De acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro mantinha quatro listas de transmissão no WhatsApp, com cerca de 400 contatos, entre eles diversos aliados políticos. O conteúdo, extraído do celular do ex-presidente, foi incluído em inquérito que apura possível descumprimento de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As listas eram usadas para enviar vídeos, convocações e transmissões ao vivo, o que, segundo a PF, pode caracterizar tentativa de mobilização política por meio de terceiros — algo proibido judicialmente.
Na Paraíba, além de Nilvan, foram citados nomes como:
Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Senado Federal (PL);
Queiroguinha, filho de Marcelo Queiroga;
Os deputados federais Cabo Gilberto Silva e Wellington Roberto (PL);
O deputado estadual Walber Virgolino (PL);
E o vereador de João Pessoa Carlão Pelo Bem.
Alinhamento com o bolsonarismo
Apesar da repercussão do relatório, nenhum dos citados foi formalmente acusado até o momento. Nilvan, por sua vez, preferiu reforçar seu vínculo com o bolsonarismo e disse sentir orgulho de estar associado ao ex-presidente. A investigação segue em curso, mas deve ganhar novos desdobramentos com o avanço do julgamento de Bolsonaro no Supremo, previsto para começar em 2 de setembro.
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