O deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), negou nesta segunda-feira (3) qualquer tipo de negociação envolvendo o projeto da anistia e apoios políticos na Paraíba. A resposta veio após declarações do presidente estadual do Partido Liberal (PL), Marcelo Queiroga, que afirmou que poderia apoiar o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), na disputa pelo Senado Federal em 2026, caso Motta colocasse o projeto em pauta no plenário da Câmara.
Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Hugo Motta classificou as especulações como “infundadas” e criticou o uso político de um tema que, segundo ele, divide o país e exige responsabilidade institucional. “Eu não uso a minha atribuição de presidente para interesses pessoais ou eleitorais. A minha responsabilidade é com o país. Esse é um tema complexo, que divide opiniões, e não será minha eleição, nem de alguém ligado a mim, que vai me guiar numa matéria tão importante. Misturar esses assuntos não é bom nem para a Paraíba, nem para o Brasil”, afirmou.
O presidente da Câmara reforçou ainda que sua atuação em Brasília é voltada para pautas de interesse nacional, e não para acordos regionais ou eleitorais.
A reação de Motta ocorre após Queiroga, afirmar que a entrada de Nabor é bem-vinda ao bloco da direita, desde que o Republicanos, partido de Hugo Motta, integre a aliança conservadora que vem sendo costurada entre PL, União Brasil e Republicanos. “Desde que o Republicanos, na figura do deputado Hugo Motta, apoie nossa aliança, a candidatura de Efraim ao governo e o projeto da oposição , o grupo dele será muito bem-vindo”, declarou Queiroga ao Fonte83.
Nos bastidores, a movimentação é vista como uma estratégia pragmática de Efraim Filho (União Brasil) para fortalecer sua base eleitoral no Sertão paraibano, região onde Nabor e Hugo Motta têm forte influência. A aliança entre PL, União Brasil e Republicanos tende a redesenhar o cenário da oposição em 2026, enquanto o Partido Novo, que aguardava espaço com o nome do major Fábio Rodrigues, deve perder protagonismo. Ao se distanciar de qualquer negociação sobre a pauta da anistia, Hugo Motta manda um recado claro: sua liderança no Legislativo nacional não será usada como moeda política.
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