A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), mostra que a maioria da população brasileira aprova a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao aumento de 50% nas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump. Para 53% dos entrevistados, Lula agiu corretamente ao adotar medidas de reciprocidade. Outros 39% consideram a postura do presidente equivocada.
A pesquisa revela ainda que até entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), adversário político de Lula, há um grau de concordância: 30% dos apoiadores do ex-presidente reconhecem que a reação do petista foi adequada, embora 64% ainda a reprovem.
No embate mais amplo entre os dois campos políticos, 44% dos entrevistados afirmaram que Lula e o PT estão fazendo o que é mais certo na condução do impasse com os Estados Unidos. Já 29% acreditam que Bolsonaro e seus aliados agem de forma mais acertada. Outros 15% não veem correção em nenhuma das partes, enquanto 12% não souberam ou preferiram não responder.
Apesar das divergências, o levantamento revela um desejo majoritário por união nacional: 84% dos entrevistados defendem que governo e oposição deixem as disputas de lado e se unam para defender os interesses do Brasil. Apenas 9% discordam dessa ideia.
O que provocou o tarifaço?
Os entrevistados também foram questionados sobre o que teria motivado o presidente norte-americano Donald Trump a adotar as novas tarifas. As respostas foram divididas:
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26% apontam as falas de Lula durante a cúpula do Brics como o principal motivo;
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22% citam as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro;
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17% mencionam a influência de Eduardo Bolsonaro nos EUA;
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10% atribuem a decisão às ações do STF contra as big techs norte-americanas;
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25% disseram não saber ou preferiram não responder.
Governo Lula melhora aprovação, mas rejeição ainda é maioria
A pesquisa também avaliou a percepção geral do governo Lula. A desaprovação caiu de 57% em maio para 53% em julho. Já a aprovação subiu de 40% para 43%. Outros 4% não souberam opinar.
A avaliação do governo segue com predominância negativa:
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Negativa: 40% (era 43%);
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Regular: 28% (estável);
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Positiva: 28% (era 26%).
Metodologia
O levantamento foi realizado presencialmente com 2.004 entrevistados entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.