Lula critica operação no Rio de Janeiro que matou 121 pessoas e defende investigação com legistas da PF

Por Fonte83 - 04/11/2025

Presidente da república, Luiz Inácio Lula da Siva (PT) – Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “matança” a operação policial realizada no Rio de Janeiro na última terça-feira (28), que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. Em entrevista à Associated Press e à Reuters nesta terça-feira (4), Lula defendeu a participação de legistas da Polícia Federal na investigação das mortes.

A operação, conduzida pelo governo do Rio e voltada contra a facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, é a mais letal da história do estado. Apesar disso, o governador Claudio Castro (PL) afirmou que a ação foi “um sucesso”, destacando que as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos.

“O dado concreto é que, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, afirmou Lula, reforçando a necessidade de apuração independente.

O presidente destacou que até o momento só há relatos oficiais do governo estadual e da polícia, e que é preciso esclarecer se os acontecimentos se deram conforme essas versões. Lula explicou que o governo federal busca garantir a participação de legistas da PF na investigação.

O caso motivou mobilização no governo federal. Na semana passada, os ministros  Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) viajaram ao Rio para tratar do tema. O governador Castro também está em Brasília nesta terça-feira para tratar de ações relacionadas à operação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo do Rio preserve todos os elementos materiais da operação, incluindo perícias e cadeias de custódia, para permitir a investigação pelo Ministério Público e garantir o acesso da Defensoria Pública. A decisão do ministro Alexandre de Moraes atende a pedido da Defensoria Pública da União e reforça o controle judicial sobre operações policiais em favelas.

Na semana passada, Lula havia evitado criticar diretamente a atuação estadual, mas reforçou a necessidade de combate coordenado ao crime organizado sem colocar em risco policiais, crianças ou famílias. O governo federal também trabalha na PEC da Segurança Pública e no Projeto Antifacção, que tramita no Congresso.

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