Eu já fui amigo íntimo do comunicador e ex-secretário de Comunicação do Estado, Luís Tôrres, e hoje estamos afastados. Fomos até sócios e não nos falamos mais, atualmente.
Mas, eu recebi ontem, li a notícia, de que a Justiça teria bloqueado todos os bens do jornalista Luís Tôrres.
Aqui abro um parêntese. Às vezes, quando você está com raiva de uma pessoa, que não fala mais com ela, se aproveita para tripudiar e não trazer à baila a verdade.
Mas, eu não sou assim!
É por isso que venho esclarecer duas coisas:
1º – Luís não é acusado de nenhum ato de corrupção.
2º – O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) detectou, do material enviado da Secom para o TCE, algumas falhas de comprovação de mídias pagas pela Secretaria.
Por conta disso, o TCE desaprovou as contas de Luís Tôrres, colocando o jornalista para ter que devolver o dinheiro.
Uma decisão absurda.
Eu vou repetir.
O Tribunal de Contas do Estado não acusa Luís Tôrres de corrupção, de dinheiro desviado. O órgão questiona as contas do ex-secretário porque não tem comprovação, 100%, de que algumas peças publicitárias do Governo do Estado foram ao ar.
Bem, o ônus da prova cabe a quem acusa.
Cá pra nós. Luís está pagando um preço alto, porque no governo de Ricardo Coutinho teve coragem de enfrentar alguns conselheiros.
E Luís enfrentava, enfrentando, e com a verdade. E paga o preço de tudo o que está acontecendo.
Ora, uma coisa é muito clara.
Se alguém recebeu dinheiro sem veicular as propagandas, quem tem que devolver o dinheiro é: primeiro, as agências publicitárias, se ficar comprovado que não distribuiu o material.
Depois, se as agências distribuíram o material para os veículos de comunicação e estes não colocaram as respectivas campanhas publicitárias no ar, quem tem que devolver são as empresas.
O TCE está invertendo as coisas.
Se Luís mandou para a agência e se a agência pagou ao veículo de comunicação, a responsabilidade de veicular é da rádio, da TV e do portal que, porventura, não tenha veiculado a peça.
Vou dizer de novo.
Cabe ao TCE ir nessas agências saber se as mídias foram ou não enviadas aos veículos, saber se os veículos receberam a mídia e se colocaram no ar.
Se colocaram no ar está nos arquivos. E se não colocaram, a culpa não é do secretário
Agora, imaginem você, Luís Tôrres, secretário de Comunicação, ter que acompanhar a rádio Alto Piranhas, lá de Cajazeiras, para saber se o veículo está publicando ou não um spot do governo.
É brincadeira!
Não dá para achar que isso é possível!
E tantos outros secretários já fizeram isso, e até coisas piores.
Luís não é o primeiro a não ter comprovação 100% de uma peça veiculada.
Se você pegar todos os secretários anteriores, isso acontece corriqueiramente.
Mas, mandar devolver um dinheiro que ele não recebeu…
Outro ponto é. Se somar todos os salários de Luís Tôrres como secretário de uma só vez, não dá a quantidade de dinheiro que o TCE quer que ele devolva. E dinheiro esse que ele não pegou.
E eu poderia estar aqui tripudiando de Luís pela relação que temos que é muito ruim, mas não vou fazer isso.Tenho que tratar com a veracidade.
Inclusive, quero chamar a Associação Paraibana de Imprensa (API) para se juntar nessa defesa, a Associação de Mídia Digital (Amidi), os amigos de Luís, porque senão daqui a pouco nós, como donos de veículos, seremos prejudicados. E não podemos deixar que isso aconteça
Para encerrar, repito. Luís Tôrres não é acusado de desvio de dinheiro público, se alguém tem que devolver dinheiro são as rádios, as TVs, os portais, outdoor, o que quer que seja, mas não o secretário que apenas deu uma ordem de serviço.
Luís não tem histórico de misturar o dinheiro dele com o público.
Ele leva uma vida muito compatível com o que ele sempre ganhou. O tempo inteiro que convivi com Luís, ele sempre foi super honesto e, mesmo distante, sem nenhuma relação, eu o defendo e levanto essa tese para que as pessoas não misturem Jesus com Genésio.