O deputado federal Gervásio Maia (PSB) afirmou nesta segunda-feira (11), durante entrevista ao Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, que o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) deve ser tratado como prioridade dentro do grupo político liderado pelo governador João Azevêdo (PSB) para a disputa ao Governo da Paraíba em 2026.
Gervásio sinalizou que, embora João Azevêdo ainda não tenha indicado oficialmente um sucessor, existe uma movimentação interna que aponta para uma possível candidatura do atual governador ao Senado Federal, o que abriria espaço para que Lucas assuma a linha de frente na corrida ao Palácio da Redenção. “Na minha compreensão, isso coloca Lucas na situação de prioridade dentro do grupo, porque ele tem o peso da reeleição, algo valorizado em qualquer lugar do Brasil. Quem tem esse direito, normalmente, é prioridade nas discussões internas”, afirmou o parlamentar.
Segundo Gervásio, a base aliada deve buscar unidade em torno de um nome que represente a continuidade do atual projeto de governo. E, caso a escolha recaia sobre Lucas Ribeiro, ele garante que estará junto. “Estarei apoiando Lucas, caso isso aconteça. Ele representaria a reeleição rumo ao Palácio da Redenção. E, claro, também estarei com o governador João Azevêdo, se decidir disputar o Senado”, completou.
Bastidores agitados na base governista
Enquanto Gervásio reforça o nome de Lucas Ribeiro, outras lideranças dentro do grupo também se movimentam. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), embora aliado do governador, articula nos bastidores sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Caso avance com esse projeto, abriria caminho para o PSB assumir o comando da capital paraibana — já que o vice-prefeito, Leo Bezerra, é filiado à legenda.
A disputa interna tem gerado tensões veladas entre as principais lideranças da base, especialmente entre o PP, partido do vice-governador, e setores próximos a Cícero. Além deles, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (Republicanos), também figura como possível candidato ao governo.
Com a possibilidade de João Azevêdo deixar o cargo para concorrer a uma das duas vagas no Senado, Lucas Ribeiro assumiria o governo e, nesse cenário, entraria na disputa em 2026 com a máquina administrativa a seu favor — o que reforça sua condição de “candidato natural”, segundo aliados como Gervásio.
Nos bastidores, o entendimento é que o grupo precisa encontrar um consenso ainda em 2025 para evitar uma fragmentação que possa favorecer adversários fora da base governista.
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