Em um movimento aguardado nos bastidores políticos da Paraíba, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) confirmou, pela primeira vez de forma pública, a formação da chapa majoritária do grupo governista para as eleições de 2026. Em entrevista à TV Diário do Sertão, na última sexta-feira (10), durante inauguração de um polo de ração subsidiada em São João do Rio do Peixe, Lucas se colocou como pré-candidato ao Governo do Estado.
“Está bem claro e bem posto”, declarou o vice-governador, ao confirmar que a chapa será encabeçada por ele, tendo o atual governador João Azevêdo (PSB) e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como candidatos ao Senado Federal.
A fala de Lucas joga luz sobre uma articulação que já vinha sendo construída nos bastidores, especialmente após a declaração de Nabor, em agosto, de que estava “pronto para o que der e vier”, defendendo a antecipação da formação da chapa para dar início à pré-campanha ainda em 2025.
Lucas destacou a força simbólica e política de Nabor: “Representa os gestores municipais e a força do Sertão”. Já sobre João Azevêdo, foi direto: “É o maior governador do Estado”. A possível saída de Azevêdo do governo está prevista para abril de 2026, quando deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado. Com isso, Lucas assumiria o comando do Palácio da Redenção como governador em exercício e, naturalmente, concorreria à reeleição.
Apesar da sinalização pública de unidade, a base governista vive um ambiente de guerra fria. O Republicanos — partido de Nabor e de seu filho, o deputado federal Hugo Motta — tenta mostrar musculatura política e negociar posição de maior destaque na chapa. Um dos nomes ventilados para compor como vice é o do atual secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, o que representaria um contrapeso técnico ao perfil político de Lucas.
Oposição se movimenta
Do outro lado do tabuleiro, a oposição também começa a se alinhar. O senador Efraim Filho (União Brasil) já se coloca como pré-candidato ao Governo. Outro nome, como o do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), estão citados como possíveis alternativas e se movimentam com intensas articulações.
Assista abaixo a entrevista de Lucas Ribeiro:
Nabor vai jogar a toalha – Por Fabiano Gomes
