Juiz eleitoral determina retirada da tornozeleira eletrônica de Lauremília Lucena; medidas cautelares permanecem

Por Fonte83 - 01/10/2024

Lauremília Lucena é primeira-dama de João Pessoa.

O juiz Sivanildo Torres Ferreira, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), determinou, na noite desta terça-feira (1º), a retirada da tornozeleira eletrônica da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena.

“Da leitura dos autos, verifica-se que a decisão atacada não se deteve no exame da gravidade do crime, das circunstâncias do fato e das condições pessoais da paciente, impõe-se, na minha ótica, a não aplicação da medida de monitoramento eletrônico à paciente, até mesmo pela ausência de uma motivação fundada em evidências concretas da sua efetiva necessidade no caso concreto”, diz a decisão do magistrado.

A medida cautelar havia sido imposta pela juíza Maria de Fátima Ramalho, da 64ª Zona eleitoral de João Pessoa, como condição para revogação da sua prisão preventiva.

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Além do monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira eletrônica, a Lauremília também foi imposta outras medidas cautelares, tais como recolhimento noturno e em dias de folga, das 20h às 8h, bem como a proibição de manter contato com outros investigados da operação e de frequentar os bairros de São José e Alto do Mateus, além de órgãos públicos da prefeitura da capital.

O juiz Silvanildo Rorres entendeu que as demais cautelares devem ser mantidas. “Com relação à revogação das demais medidas cautelares, entendo que, na atual conjuntura de proximidade do pleito, contexto, no qual, teriam sido praticados os apontados delitos eleitorais, é medida recomenda a manutenção das mesmas”, ponderou.

Lauremília Lucena foi presa no último sábado (28), no âmbito da terceira fase da Operação “Território Livre”, da Polícia Federal (PF), que investiga o aliciamento violento de eleitores e a organização criminosa nas eleições municipais na capital. Após passar por audiência de custódia, ela e a assessora particular, Tereza Cristina, também alvo da operação, foram conduzidas para o presídio Julia Maranhão, onde também estavam outras investigadas, como a vereadora Raíssa Lacerda (PSB).