João Gonçalves critica falta de articulação na base governista para escolha de sucessor de João Azevêdo em 2026

Por Fonte83 - 06/08/2025

Na foto, o deputado estadual João Gonçalves (PSB), durante entrevista à imprensa na ALPB.

Durante a reabertura dos trabalhos legislativos na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta quarta-feira (6), o deputado estadual João Gonçalves (PSB) fez uma avaliação crítica da condução política do processo sucessório dentro do grupo governista. Segundo ele, a falta de um “mecanismo” claro para definir o nome que sucederá o governador João Azevêdo (PSB) contribuiu diretamente para a atual fragmentação da base.

“Na política da Paraíba, tudo é possível. É evidente que, como não foi criado um mecanismo no início das postulações, ficou certo que o governador tomaria a decisão, que ele resolveria a questão. Mas, como isso não aconteceu, cada um lançou seu nome: meu presidente Adriano colocou o dele, Cícero colocou o dele, Lucas colocou o dele… Não houve definição lá no nascedouro”, declarou o parlamentar.

Gonçalves se referia à multiplicação de pré-candidaturas dentro do próprio grupo situacionista. Hoje, três nomes despontam como potenciais sucessores de Azevêdo: o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (Republicanos), e o prefeito de João PessoaCícero Lucena (PP), que também já foi citado como possível candidato.

Apesar da aparente dispersão, o deputado evitou usar o termo “falha política”, preferindo tratar o cenário como fruto de decisões tomadas — ou não tomadas — no tempo certo. “Na política não existe falha. Existem decisões”, afirmou.

A expectativa é de que o próprio governador João Azevêdo defina os rumos do grupo, o que pode acontecer a partir de sua decisão sobre disputar ou não uma das duas vagas ao Senado Federal em 2026. Reeleito em 2022 e atualmente em seu segundo mandato, Azevêdo está constitucionalmente impedido de tentar uma nova eleição para o governo estadual. Nos bastidores, aliados defendem que a condução da escolha do candidato ao governo será decisiva para manter a coesão da base e garantir continuidade ao projeto político encabeçado pelo atual gestor.

A volta dos trabalhos legislativos acontece em um momento crucial, com a pauta política estadual já aquecida pelas articulações eleitorais. O segundo semestre promete ser marcado não apenas por votações importantes na Casa de Epitácio Pessoa, mas também por intensos movimentos nos bastidores partidários com olhar voltado para as eleições de 2026.

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