O presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, destacou a gravidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 investigados, ressaltando que o plano incluía até mesmo o assassinato de autoridades. “Você montar uma organização criminosa para tentar derrubar a República, para não aceitar o resultado da eleição, planejar a morte de pessoas como o presidente, o vice-presidente e ministros do STF, é algo extremamente grave”, afirmou Jackson.
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Segundo o líder petista, as acusações apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) estão embasadas em provas robustas, incluindo delações de aliados de Bolsonaro, documentos, minutas golpistas e gravações de vídeo. “O que fica disso tudo é que realmente existiu uma tentativa de golpe no Brasil. E mesmo que essa tentativa não tenha se consolidado, é crime. É crime de lesa-pátria, é crime contra a democracia, contra a Constituição”, destacou.
A denúncia, protocolada pelo procurador-geral Paulo Gonet, aponta que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de subverter a ordem democrática no país. O esquema envolvia diferentes estratégias, como a mobilização de setores militares e o financiamento de atos antidemocráticos.
O petista também creditou às Forças Armadas a contenção da tentativa golpista: “É importante deixar registrado que a força institucional, o espírito constitucional do comandante do Exército e da Aeronáutica foram fundamentais para que aquilo não fosse à frente”.
Agora, o caso segue para análise do STF, que decidirá se aceita a denúncia e inicia um processo penal contra os acusados. Caso isso ocorra, Bolsonaro e outros envolvidos poderão se tornar réus e enfrentar penas que podem chegar a 43 anos de prisão. O ex-presidente nega as acusações e classifica a denúncia como infundada.