O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), voltou a se pronunciar nesta segunda-feira (30) sobre a decisão do Congresso Nacional de derrubar os decretos que aumentavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em vídeo publicado nas redes sociais, Motta rebateu as críticas de integrantes do governo federal e afirmou que o Executivo foi, sim, alertado previamente sobre a resistência no Parlamento.
A polêmica teve início após a votação, quando aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusaram Hugo Motta de “traição” por não ter comunicado formalmente a inclusão da matéria na pauta. O deputado classificou essa acusação como “narrativa falsa” e se defendeu: “O capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”, disse.
Sem citar diretamente o PT, Hugo mandou uma indireta ao partido ao reforçar que o papel de um líder institucional deve ser acima de interesses partidários: “O presidente de qualquer Poder não pode servir a um partido. Ele tem que servir ao seu país”, declarou.
Com 383 votos favoráveis e 98 contrários, o texto foi aprovado com folga na Câmara dos Deputados no último dia 25 de junho e, em seguida, também passou no Senado Federal. Agora, aguarda promulgação. Na bancada da Paraíba na Câmara, 10 dos 11 parlamentares votaram pela suspensão dos decretos. Apenas o petista Luiz Couto foi contra a medida, seguindo a orientação do Palácio do Planalto. O presidente da Casa, Hugo Motta, não votou por exercer a presidência.
A decisão do Congresso de sustar os decretos que elevavam as alíquotas do IOF para operações de crédito, câmbio e seguros teve amplo apoio da base parlamentar, que considerou o aumento como uma medida impopular e com potencial de impacto direto na economia das famílias e empresas.
Confira abaixo a publicação no perfil do Instagram de Hugo Motta:
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