Os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) deflagraram greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (22), após decisão aprovada em assembleia realizada na última sexta-feira (19). Segundo a Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), cerca de 70% da categoria apoiou a paralisação.
Entre as reivindicações estão o fim do pagamento retroativo das progressões funcionais, a precarização das condições de trabalho e a redução no orçamento da instituição — fator que tem comprometido, entre outros pontos, a contratação de novos professores.
Uma reunião entre representantes da categoria e a reitoria da UEPB está marcada para a tarde desta segunda-feira, com expectativa de abertura para negociações. A presidente da ADUEPB, Elisabete Vale, ressaltou que a paralisação reflete um acúmulo de demandas ignoradas.
A mobilização na UEPB se soma a uma agenda nacional de protestos. No último dia 10, docentes das principais instituições públicas de ensino superior da Paraíba — UFPB, UFCG, IFPB e a própria UEPB — realizaram uma paralisação de 48 horas contra a Reforma Administrativa proposta pelo Governo Federal.
Além da crítica à proposta, considerada um ataque aos serviços públicos, os professores também denunciaram cortes orçamentários e exigiram o cumprimento de direitos trabalhistas, como progressões salariais e pagamentos atrasados. A ação mobilizou municípios como João Pessoa, Campina Grande, Patos, Areia, Santa Luzia, Soledade, Itabaiana, Esperança e Pedras de Fogo.
A paralisação integra a jornada nacional de lutas convocada pelo Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasefe), que agendou para os dias 10 e 11 de setembro manifestações em todo o país. Uma nova rodada de mobilizações está prevista para ocorrer entre os dias 22 e 26 de setembro, em Brasília.
Professores da UFPB, UFCG, IFPB e UEPB paralisam atividades por 48h contra Reforma Administrativa
Professores da UFPB, UFCG, IFPB e UEPB paralisam atividades por 48h contra Reforma Administrativa
