O deputado federal Gervásio Maia (PSB) afirmou nesta quinta-feira (23) que não participou das articulações que resultaram na indicação do secretário de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Em entrevista à rádio BandNews João Pessoa, o parlamentar classificou a movimentação como um erro político e defendeu que o tema deveria ter sido discutido dentro do partido.
“Discordei e não participei desse movimento porque não fui chamado. Acho que isso tinha que ter sido combinado com o partido antes. As coisas precisam ser tratadas dentro do colegiado”, afirmou o deputado.
Gervásio elogiou Deusdete Queiroga, a quem chamou de “um quadro importante do PSB e do governo”, mas ponderou que enviá-lo ao TCE-PB seria um desperdício político. “Deusdete é uma figura essencial para o projeto do PSB e tem papel relevante em tudo o que o estado vive de bom hoje. Na hora em que você lança Deusdete para o Tribunal de Contas, está tirando do partido um nome que poderia integrar uma futura chapa majoritária. Uma pessoa não pode ocupar dois espaços. Se for para o TCE, está fora do projeto político do PSB”, avaliou.
A declaração de Gervásio ocorre em meio à intensa disputa pela sucessão do conselheiro Fernando Catão, que se aposentou na quarta-feira (22) após 21 anos de atuação na Corte, ao completar 75 anos, idade limite para o cargo. A vaga, que será preenchida pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), já mobiliza o meio político estadual.
Entre os nomes cotados estão Adriano Galdino (Republicanos), presidente da ALPB; Taciano Diniz (União Brasil); Tião Gomes (PSB); Branco Mendes (Republicanos) e o próprio Deusdete Queiroga, considerado o favorito do Palácio da Redenção caso o Legislativo opte por um nome de consenso com o Executivo.
Embora a vaga pertença à cota do Legislativo, o governo mantém influência direta na definição, e a possibilidade de nova aposentadoria, do conselheiro Nominando Diniz, que completa 71 anos em dezembro, pode acirrar ainda mais as articulações.
Ao se distanciar publicamente do movimento que envolve o nome de Deusdete, Gervásio Maia expôs divergências internas no PSB e reforçou o clima de reorganização política dentro da base do governador João Azevêdo, que tenta equilibrar o tabuleiro de forças com vistas às eleições de 2026.
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