O deputado Tiririca, aquele “menino coisado”, não diria que “pior do que tá não fica” se conhecesse a Federação Paraibana de Futebol.
E quem testemunhou a quase eternidade da gestão de mainha Rosilene Gomes poderia jurar que pior não poderia mesmo ficar.
Ficou.
Em uma operação suspeitíssima, que o diligente e probo juiz Onaldo Queiroga cirurgicamente suspendeu, a presidente Michelle Ramalho antecipou a eleição – um processo que comumente ocorre no final do ano.
Queria garantir mais quatro anos gerindo o futebol paraibano, que só empobreceu sob a sua tutela.
A preço de hoje, não fosse o fôlego soprado dos cofres públicos, a Paraíba não teria mais futebol.
Todos os times – do maior ao mais nanico – já teriam declarado falência.
E estão quase nesse estágio de necrose mesmo.
É o poder público que subsidia os custos dos estádios, da energia elétrica à segurança, sem falar das cotas de patrocínio.
Pela sequiosidade demonstrada por Michelle Ramalho para se manter entronada no cargo, aparentemente só quem anda bem das pernas nestas quatro linhas exalando falência é a própria Federação.
O que nos obriga a cobrar mais transparência nas movimentações fiscais da instituição, descortinando e dando nome real ao “apreço” que a substituta de Rosilene também demonstra ter pelo posto.
O sobrevivente futebol paraibano agradece.
E torce por temporadas sem jogadas abaixo da linha da cintura.