A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza nesta terça-feira (26), em Brasília, sua primeira reunião de trabalho. Na pauta, está a votação de diversos requerimentos, entre eles a convocação do paraibano Leonardo Gadelha, ex-presidente do INSS e atualmente suplente de deputado federal, para prestar depoimento ao colegiado.
O encontro será realizado a partir das 9h e marcará o início efetivo das atividades da CPMI, instalada no último dia 20. Além de Gadelha, outros ex-presidentes do INSS e ex-ministros de diferentes governos também estão na lista de convocação que será apreciada pelos parlamentares.
Serão analisados ao menos 35 requerimentos, que incluem pedidos de informações, acesso a inquéritos policiais e convocações de gestores ligados a gestões de Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro, Michel Temer e Dilma Rousseff. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), afirmou que a investigação “vai seguir o caminho do dinheiro” e pode apontar penas de até 30 anos para os responsáveis por fraudes.
A CPMI é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), da oposição, que conseguiu reverter a articulação do governo e assumir o comando. O Palácio do Planalto considera a escolha uma derrota política e tenta agora limitar os impactos do colegiado. As reuniões ocorrerão às segundas e quintas-feiras, para não coincidir com votações no Congresso.
A comissão foi criada após reportagens do portal Metrópoles denunciarem um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, que movimentou cerca de R$ 2 bilhões em um ano. As revelações levaram à abertura de inquéritos pela Polícia Federal e à queda do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.
➕ CPMI para investigar fraudes no INSS é protocolada com apoio de deputados e senadores
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