Em qual Nilvan acreditar? A incoerência é o principal sinal de falsidade. E é nessa incoerência que o radialista Nilvan Ferreira se agarrou hoje, com direito a foto sorrindo e feliz da vida.
Aqui na esfera local, Nilvan tenta se tornar o paladino da moralidade, ética e dos bons costumes. Crítico ferrenho aos governos João Azevêdo e Cícero Lucena, Nilvan tenta passar para os pessoenses que é um outsider político, que não tolera a corrupção e chegou a política com esse discurso.
Só que hoje Nilvan com sua sede de poder e para ter um partido para chamar de seu, rasgou toda a FALSA coerência que pregou até hoje.
Nilvan posou para foto com o delator e um dos únicos corruptos confessos do Brasil.
Pois bem, com um sorriso largo Nilvan se agarra com Roberto Jeferson como se ele, o ex-deputado federal, fosse a última bolacha do pacote.
Roberto Jefferson, atual presidente do PTB, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e 14 dias de prisão, além de multa que passa de R$ 740 mil reais.
Repito: condenado. Coisa que nem João Azevêdo, Cícero Lucena e nem mesmo Ricardo Coutinho, são; condenados.
Confira as penas fixadas para Roberto Jefferson (ex-deputado federal):
1) Corrupção passiva: dois anos, oito meses e 20 dias de prisão + 127 dias-multa de dez salários mínimos cada;
2) Lavagem de dinheiro: quatro anos, três meses e 24 dias de prisão + 160 dias-multa de dez salários mínimos;
Além disso, Roberto Jeferson conseguiu a proeza de num país como o Brasil, ser expulso do Congresso em 14 de setembro de 2005, em decorrência de suas ações no escândalo dos Correios.
Como se não bastasse, a filha de Roberto Jeferson é alvo de operação contra fraudes em ministério. Cristiane Brasil teve o seu nome na Operação Lava Jato.
Na sua delação premiada, Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor superintendente da Odebrecht, afirmou que, em 2012, Cristiane recebeu pessoalmente 200.000 reais em caixa dois para sua campanha a vereadora no Rio.
Então, em qual Nilvan acreditar? No da Paraíba que é o paladino da moral e dos bons costumes ou esse que estava em Brasília sorrindo ao lado do único corrupto político confesso do Brasil, Roberto Jeferson.
